Estratégias no tratamento da obesidade extrema (IMC > 50 kg/m2)
- Dr. André Costa Pinho
- 24 de jan. de 2024
- 1 min de leitura
A obesidade extrema, também conhecida como "super-obesidade", é uma condição complexa que requer intervenções médicas robustas para tratar as sérias limitações físicas, emocionais e sociais enfrentadas por pacientes com IMC superior a 50 kg/m².
Complicações graves, como diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias, são comuns neste grupo de alto risco.
A abordagem à obesidade extrema segue as normas gerais do tratamento da obesidade mas expande-se nas seguintes particularidades que devem ser observadas para a obtenção de resultados satisfatórios:
Equipa multidisciplinar experiente composta por nutricionistas, psicólogos, endocrinologistas e cirurgiões. O acompanhamento e tratamento deve ocorrer em hospitais especializados, dada a elevada complexidade e riscos associados.
Tratamento diversificado e individualizado considerando as diversas facetas que contribuem para o excesso de peso. Devem ser considerados tratamentos sequenciais, incluindo intervenções nutricionais, medicamentosas, endoscópicas e cirurgia bariátrica.
Cirurgias bariátricas em dois tempos, ou cirurgias bariátricas mais invasivas, podem ser necessárias para otimizar resultados e minimizar riscos peri-operatórios.
Adesão a um plano alimentar estruturado e a prática frequente de exercício físico são cruciais para manter os resultados a longo prazo.
Envolvimento do doente, familiares e cuidadores no plano de tratamento. Será necessário modificar hábitos que muitas vezes envolvem toda a estrutura social e familiar do doente super-obeso.
Informação detalhada sobre o plano de tratamentos e expetativas de resultados, são fundamentais para uma participação ativa do doente e seus conviventes.
Esta abordagem abrangente e personalizada visa não apenas a redução de peso, mas a melhoria global da saúde e bem-estar, capacitando os pacientes a retomarem o controlo de suas vidas.
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