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Cirurgia Bariátrica e Metabólica como Ponte para Cirurgia Ortopédica (e outras cirurgias)

  • Dr. André Costa Pinho
  • 29 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

Em colaboração com: Dr. Pedro Cacho Rodrigues – Médico especialista em Ortopedia e Traumatologia - Cirurgia da Coluna, Hospital da Prelada A obesidade é um fator independente para o desenvolvimento de doenças degenerativas ortopédicas. Do excesso de peso resulta um stress aumentado sobre o sistema musculoesquelético, traduzindo-se num risco aumentado de osteoartrose da anca e joelho, entre outras.


A obesidade favorece a doença degenerativa do disco intervertebral e das dobradiças posteriores da coluna (facetas articulares), o aperto do canal vertebral (estenose lombar/lipomatose epidural) e está intimamente relacionada com a perda de massa muscular dos músculos que suportam os ossos longos e a coluna vertebral. Portanto as pessoas com excesso de peso queixam-se mais, e de forma mais intensa, de dores articulares, de costas, ciática e disfunção neurológica.


A perda de peso tem o potencial de prevenir esta cascata degenerativa e melhorar as queixas vertebrais. Estudos demonstraram melhoria da dor articular, lombar e da qualidade de vida em geral após cirurgia bariátrica e metabólica. Logo, esta poderá ser considerada como um meio para melhorar o resultado de cirurgias ortopédicas e de outras cirurgias através dos seguintes mecanismos:


1. Redução do risco anestésico:

  • melhoria da condição geral de saúde: a perda de peso pode ajudar a reduzir os problemas médicos pré-existentes, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos;

  • melhoria da função respiratória: muitos pacientes com excesso de peso apresentam restrição da capacidade pulmonar, apneia de sono ou outros problemas respiratórios que podem aumentar o risco anestésico de qualquer cirurgia que necessite de anestesia geral;


2. Redução do risco de complicações infeciosas e trombo-embólicas:

  • menor risco de infeção: a obesidade está associada a um risco 3x maior de infeções da ferida cirúrgica. O obeso tem mais camada adiposa, o que requer maiores incisões, dissecção e afastamento, e cirurgias mais demoradas. A infeção pode levar a um maior tempo de internamento, múltiplas reoperações e prejudicar gravemente o resultado final e satisfação de uma cirurgia ortopédica;

  • menor risco trombo-embólico: o tromboembolismo é uma complicação potencialmente grave e está fortemente associado à obesidade;

3. Melhoria dos resultados e recuperação:

  • a perda de peso permite cirurgias menos invasivas e mais rápidas, com menor sangramento, e menor tempo de internamento hospitalar;

  • redução da carga: O stress sobre as próteses da anca, joelho e coluna é maior no obeso – portanto, daí pode resultar uma menor duração do implante e por conseguinte no aumento da necessidade de revisão cirúrgica. Menor peso corporal pode favorecer uma mais rápida cicatrização, recuperação funcional e regresso à vida ativa após a cirurgia.


Por todos estes motivos, as últimas diretrizes das sociedades internacionais médicas reconhecem o papel da cirurgia bariátrica e metabólica como “ponte” para melhorar os resultados de vários outros procedimentos cirúrgicos, como cirurgias ortopédicas e cirurgia da Coluna Vertebral.

Fundamental lembrar que a obesidade é um fator de risco modificável, para várias doenças e suas complicações. Logo, muitas especialidades como a Ortopedia, Cirurgia Geral, Urologia, Pneumologia e Cardiologia, têm vindo a referenciar cada vez mais doentes para cirurgia bariátrica pelo evidente benefício que a perda de peso eficaz e sustentada acarreta, tanto na melhoria da doença em si como na diminuição do risco associado ao seu tratamento cirúrgico.


 
 
 

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